sábado, 30 de novembro de 2013

I Círculo de Diálogo Segurança Pública



No dia 02 de agosto do corrente ano foi realizado o I Círculo de Diálogo na Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Ruy Carneiro, com as três turmas da EJA, uma do Ciclo I e duas do Ciclo II, das 19h50 às 21h, com o objetivo de dialogar sobre a realidade da Segurança Pública em nosso país e especificamente no bairro de Mandacaru.
A princípio propomos uma atividade que funcionou como um quebra-gelo, motivando-os e despertando-os para uma maior participação e um melhor aproveitamento do debate. Desta forma, dividimos as turmas em trios entregando a cada grupo uma imagem para ser analisada para que observassem as imagens, percebendo o que elas representavam sobre a Segurança Pública.
Após este momento de reflexão pedimos para que relatassem o que haviam percebido a partir da observação e análise das imagens, no que concerne aos aspectos positivos e negativos de cada imagem, e eles apresentaram muito bem discutindo cada aspecto.

A partir da observação destas imagens uma aluna colocou o seguinte:
Esse é um grande problema porque os próprios policiais sofrem com o perigo da sua profissão e com as ameaças dos bandidos e a gente acaba sofrendo com isso, porque não temos segurança nas ruas e tem até lugar que os policiais não entram por medo dos bandidos. (Aluna X da EJA)

Essa fala nos remete a um grande problema que é a insegurança sofrida pelos próprios policiais, principalmente aqueles que não se vendem a corrupção e a bandidagem. Diante disso, pudemos perceber que os policiais também são humanos como nós e estão sujeitos as mesmas situações de perigo, se não
dizer a situações bem piores, de grande periculosidade.
 
Destacamos um forte questionamento presente na fala dos alunos: “Mas também existem policiais safados e corruptos que acabam caindo na bandidagem e a gente fica sem saber o que fazer e continuamos com medo.” (Aluna X da EJA). Realmente sabemos que existem policiais corruptos que se vendem, mas segundo a Constituição é dever deles promover a nossa segurança e dever nosso denunciar qualquer ação contrária, essa denúncia deve ser feita ao Ministério Público que tem por obrigação averiguar a veracidade dos fatos, pois o que não podemos é ficar calados esperando que os problemas aumentem, tornando-se ainda mais prejudiciais.
Após as discussões, relatos de experiências e análise das imagens, propomos aos alunos confeccionar dois cartazes: Aspectos Positivos da Segurança Pública e Aspectos Negativos da Segurança Pública,  onde eles separaram e classificaram as imagens por seus aspectos positivos ou negativos.

Assim, colocamos a disposição dos alunos o telefone de contato da linha policial que atende no bairro de Mandacaru e que pode ser acionada em caso de diligências, pois o atendimento será bem mais rápido. Abordamos que o direito à segurança pública é garantido por lei, por isso toda a sociedade tem direitos e pode/deve recorrer e lutar pela efetivação desses direitos diante de uma violação, saindo da condição de vítima para a condição de agente transformador. Discutimos um pouco sobre a nossa posição enquanto sociedade civil diante da problemática da segurança pública. Como percebemos, a segurança pública parte de uma reunião de esforços que ensejam um bem comum que é a paz social e a convivência harmônica pautada na tranquilidade e ausência de medo e ameaças. No entanto, é preciso romper com a antiga ideia de que segurança pública se resume apenas à Polícia que prende o marginal e o manda para a cadeia, não que o delinquente não deva ser punido por suas infrações, mas ao contrário disso, segurança pública é uma ação conjunta, esforço conjunto, entre sociedade e Estado.

Priscylla do Nascimento Silva
Graduanda de Pedagogia/UFPB
Bolsista do Projeto Educação em Direitos Humanos: construindo um sujeito de direitos nas salas de EJA, PROLICEN/UFPB/2013.
Membro do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB

 

domingo, 24 de novembro de 2013

II CICLO DIALÓGICO CONTRIBUIÇÃO E REINVENÇÃO DA PEDAGOGIA PAULO FREIRE

Aconteceu nos dias 20 e 21 de novembro do corrente ano o II CICLO DIALÓGICO CONTRIBUIÇÃO E REINVENÇÃO DA PEDAGOGIA PAULO FREIRE na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, campus I, João Pessoa, Centro de Educação – CE.
O evento teve por objetivo identificar e analisar a contribuição da Pedagogia Paulo Freire na perspectiva da reinvenção nas políticas e práticas emancipadoras e curriculares de formação de professores nos sistemas públicos de ensino, bem como socializar com gestores, pesquisadores e educadores o legado freireano para a educação.

O evento inicio-se na quarta com o credenciamento dos participantes e posteriormente as 19h aconteceu a abertura da mesa 1: CONTRIBUIÇÃO E REINVENÇÃO DA PEDAGOGIA PAULO FREIRE com os professores e professoras:  Dr.ª Rita de Cassia Cavalcanti Porto – UFPB/GEPPF, Dr. Alexandre Magno Tavares da Silva -UFPB; Ms. Laura Brito – UFPB e  Dr. Agostinho Silva Rosas -Presidente do Centro Paulo Freire -Estudos e Pesquisas. -ESEF/UPE.



VEJA OS PONTOS QUE FORAM DISCUTIDOS NA MESA 1:
20/11-quarta-feira:

  • Relação de opressão x educação como prática de liberdade;
  • A importância da educação libertadora;
  • A obra mais conhecida de Paulo Freire = Pedagogia do Oprimido;
  • A leitura de mundo que antecede a leitura da palavra;
  • A educação popular é uma educação emacipadora;
  • Além da leitura de mundo que antecede a leitura da palavra é preciso a reescrita do mundo através de nós.
  • Durante o debate falou-se me três palavras geradoras importantes: DIÁLOGO, PROTAGONISMO E ESPERANÇA;
  • Tudo o que nós aprendemos é revolucionário;
  • A importância de se refletir sobre as palavras geradoras com que irá se trabalhar;
  • Ler o mundo sabendo que ele mudou e mudará;
  • Por fim falou-se que é necessário: ler mais, escrever mais, pensar mais, dialogar mais, duvidar mais e agir mais.
 No dia 21/11 assistimos a roda de dialogo quatro, intitulada: Paulo Freire e Direitos Humanos, ministrada pela professora. Dra. Maria Nazaré Tavares Zenaide, mesa essa que foi muito rica de informações para quem é atuante dos Direitos Humanos.

CONFIRAM OS PONTOS DISCUTIDOS: 21/11- quinta-feira:

  • Paulo Freire um educador que não dissociava Educação dos direitos humanos e da cidadania;
  • As primeiras ações dos direitos humanos eram fazer visitas às pessoas nos presídios;
  • Paulo Freire fundou os parâmetros teóricos metodológicos da educação popular em direitos humanos;
  • A EDH emerge da educação popular;
Foi falado também sobre a Anistia e Paulo Freire:

  • Com a anistia veio os direitos que até então tinham sido violados. Como por exemplo, a retratação financeira e a retratação moral que Paulo Freire recebeu, quando o Estado oficialmente emitiu um pedido de desculpas;
  • No exílio Paulo Freire escreveu o livro Pedagogia da Esperança;
  • Um dos discursos de Paulo Freire: É PRECISO DENUNCIAR E ANUNCIAR;
  • Resistir às formas de opressão;
  • Amar profundamente a humanização;
  • Educar para reconhecer o outro e para uma consciência crítica;
  • Quem trabalha com os DH não podemos ficar em “cima do muro”, temos que defender uma causa e amar tal causa,
Para encerrar a agradável tarde, deu-se inicio a um debate, onde todos que estavam na sala podiam opinar e trazer contribuições sobre o que tinha sido apresentado pela professora Nazaré.

PARABENIZAMOS as professoras organizadoras  Dra. Rita de Cassia Cavalcanti Porto, Dra. Ana Luisa Nogueira de Amorim, Dra. Maria de Nazaré Tavares Zenaide e a todo o grupo pelo grande evento!!! E que venham mais e mais...

Flávia Tavares Gomes
Graduanda de Pedagogia/UFPB
Voluntária do Projeto Educação em Direitos Humanos: construindo um sujeito de direitos nas salas de EJA, PROLICEN/UFPB/2013.
Membro do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB